domingo, 12 de agosto de 2012

Bicicleta Reclinada I

   Nesta data, vou pegar um pouco do tempo que me sobra e investir na descrição de um pequeno trabalho por mim realizado.
   Uma bicicleta reclinada era a minha mais nova aspiração, a algum tempo, talvez uns 6 ou 7 meses atrás. Para se começar a montar uma reclinada é preciso fazer uma consulta com o senhor google, observar modelos, características, vantagens e desvantagens, para depois partir para o seu próprio modelo.
   Pesquisei por quadriciclos, triciclos,  e resolvi optar por uma com duas rodas. Velocidade era um dos objetivos, então usar marchas seria algo fundamental. No projeto usei um cassete de 7 marchas e com a coroa de marchas completou 21 marchas.  A minha principal dificuldade enfrentada é quanta as medidas a serem usadas, devido ao espaço do banco, guidão, rodas, e principalmente por onde a corrente iria passar. 
   Para sanar o problema da corrente resolvi usar tração dianteira, porém então surge outra questão: se a tração é dianteira o guidão será ligado atrás? Não, resolvi deixar a direção e a tração na roda dianteira, porém ali aconteceu uma falha que irei explicar depois.
   Gostaria de salientar que no meu projeto a construção foi simples e rápida, usando-se apenas peças usadas, devido a simplicidade. A solda usada foi a elétrica, não é a mais recomendada, devido a dificuldade na união de peças de pequena espessura, sendo nesses casos a solda mais recomendada ao meu ver a do tipo "mig". 
   A roda traseira é aro 26 com freio v-brake, o quadro é uma emenda de dois quadros, com a solda de um tubo de reforço, na frente tem-se então um roda aro 20 com tração e com função de direcionar a bike.  O uso de uma roda menor na frente se justifica devido a inclinação não permitir uma roda grande, o que daria um angulo muito maior do que os 90º. Tem-se assim a descrição básica da bicicleta, tendo além disso algumas características bem interessantes, tais como: 
1ª Tem um grande comprimento se comparado com uma bicicleta normal.
2ª Não possui sistema de amortecedores, suspensão ou algo do tipo, dando assim juntamente com o fator comprimento, uma espécie de efeito mola ao se atingir velocidades consideráveis.
3ª A tração dianteira não foi uma boa escolha, influenciando em alguns fatores:
* em estradas de chão batido, a subida de terrenos inclinados é difícil devido a constante derrapagem combinado com;
* o fator de o guidão e a força que os pés exercem sobre a pedivela implicarem em habilidade para a condução devido a constante mudança de direção na roda.
4ª Conduzir uma bike reclinada é muito diferente se compara com uma normal influenciando em:
* maior forçação das pernas principalmente dos joelhos, por causa de o fator gravidade não poder ser usado nos momentos onde se necessita de mais força ou seja, não é possível ficar de pé como numa bike normal para subir um morro, o jeito não é querer aumentar a potência, a força empregada, e sim pedalar mais rápido e diminuir a marcha, essa diminuição de marcha implica em;
*   menor velocidade, ou seja um trajeto com bastante inclinações vai ser percorrido bem mais devagar do que se fosse feito com uma bicicleta normal. Em meus testes, o trajeto de 17 Km que eu percorria em 30 min levei pouco mais que 2 h.
* a direção do guidão é diferente.
* o banco se tornou pouco confortável, normal. 

    Gostaria de salientar que esta foi a minha primeira reclina feita, e foi muito importante a sua construção para observar características, observar defeitos, acertos, em fim, tudo o que é importante para a construção de um segundo projeto. Este já está sendo planejado a um bom tempo, e já posso adiantar que será provavelmente um quadriciclo, com rodas aro 26 atrás e rodas aro 16 na frente, todos de ferro, com sua principal  característica a velocidade.

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