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sábado, 14 de março de 2015

Máquina de corte de pneus

   Hoje apresento um trabalho desenvolvido por mim e meu pai para poder aumentar a produção de cadeiras feitas de pneu e por consequência poder padronizar modelos. Uma máquina para corte de pneus.
   Um projeto desenvolvido a aproximadamente a 6 meses até sua conclusão, tem por principal objetivo fazer os 2 cortes laterais em pneus de diversos tamanhos sendo que o maior corte pode sr feito a uma altura de 1,30 metros do chão o que corresponde a um pneu aro 24 usado em tratores.
   E assim foi feito um projeto que não teve todas as suas medidas colocadas no papel pois foi feita a construção conforme as peças que possuía a disposição. Medidas básicas como o corte máximo, tamanho de disco de corte, distancia entre rolamentos e outras medidas básicas foram definidas porém medidas mais particulares tiveram que ser definidas conforme a construção da máquina.
   Assim após definir as medidas básicas obtidas principalmente através de medições feitas nos próprios pneus, começamos a fazer a desmontagem de uma antiga trilhadeira marca Lindner feitas em Joaçaba - SC, para servir como estrutura básica além de poder usar os rolamentos da batedeira que são bastante reforçados.
   Após isso comecei a montar a estrutura básica colocando no esquadro e seguindo as medidas básicas. Feito isso comprei algumas peças de antigas plantadeiras em ferro velho deixando fazer um encaixe quadrado no eixo para que o disco e o "disco ajudante" pudessem funcionar sem patinar no eixo, já que eu sabia de antemão que o disco deveria girar lentamente tendo que exercer grande força sobre a borracha e isso exigiria um sistema bastante reforçado.
   Para fazer com que o disco girasse a uma velocidade lenta o suficiente para dar tempo de o pneu girar e o operador acompanhar o corte usei um sistema de redução que é utilizado em forrageiras para tocar os dois roletes que puxam o pasto para a moenda. Constitui-se de uma caixa de redução onde um eixo horizontal tem sua força transferida para dois eixos verticais e devido a diferentes de dentes obtêm-se  uma grande redução de aproximadamente 24:1. No meu caso só utilizem um dos eixos e o conectei através de um pequeno cardã ao eixo que fará o corte.
   A partir dali precisei instalar o motor que tem um sistema de balança para esticar a coreia em V ou seja o próprio peso do motor estica a correia. Com uma troca de polia conseguimos aumentar ainda mais a redução de velocidade e obter 40 RPM no eixo de corte, que se mostrou depois a velocidade ideal.
   Tivemos que colocar então o eixo que faria a pressão para que o corte fosse efetivo, além dos reguladores que dariam a direção correta do corte. Foi usado um esticador de correia de uma outra trilhadeira para se tornar o regulador de direção horizontal.
   Sempre tive em mente que tudo o que realmente funciona é simples e por esse motivo tive que ficar 2 semanas planejando o regulador de altura vertical até chegar a um sistema bastante simples porém eficiente.
   O sistema elétrico também é simples: possui dois interruptores, um em cada lado da máquina, sendo que para liga-la é necessário ter os dois interruptores na posição de liga mas para desligá-la e preciso apenas acionar um dos interruptores sendo assim um simples sistema de segurança caso algo acontecesse.
   Pesando 162 Kg ela consegue fazer cortes em pneus aro 13 até pneus aro 24, testada em pneumáticos de até 16 lonas. Em pneus menores R13 e R14 o corte não fica muito bonito pois a máquina acaba por arrebentar por vezes alguns pedaços da borracha, até mesmo porque nesses tipos pode-se facilmente fazer os corte usando uma faca, porém em pneus maiores como os R20 por exemplo não se consegue cortá-los de forma circular nem mesmo usando motosserra (conhecimento próprio), e ela se mostra bastante eficiente sendo necessário 5 min para cortar por exemplo um pneu que tem 16 lonas. Pneus R13 possuem no máximo 4 lonas e pneus  24 possuem em sua maioria 10 lonas. Pneus com 16 lonas são usados principalmente em distribuidores de adubo orgânico e implementos agrícolas em geral - R20.





domingo, 2 de junho de 2013

Fazendo Formas de Pão

   Volto novamente para colocar outro pequeno hobbie que acabei aprendendo, devido a alguns fatos, em especial o dia das mães. Vou explicar de forma mais detalhada.
   O dia das mães se aproximava e eu ainda sem presentes. Foi quando num final de semana desses eu me lembro dos dois velhos forninhos que estavam jogados aí, e que eu deveria dar um destino, colocar como lixo de ferro velho. Então que começou a se desenrolar as idéias na minha cabeça ao observar que um dos forninhos tinha ao seu redor chapas de inox além de ter nas partes internas também.
   A Mutter já tinha falado em algum dia, não me lembro quando, que queria aproveitar de alguma forma aquelas chapas. A melhor coisa que consegui visualizar para elas seria fazer formas de pão. E eis que começo a trabalhar nelas.
   Três finais de semana trabalhando além de um dia antes da data comemorativa, para conseguir terminar. Realmente, as chapas de inox são muito espessas, segundo os meus cálculos vão durar umas três gerações, assim espero. Para saber como faze-las eu desmontei uma velha feita de latão já quase toda corroída pelo calor do forno a lenha. Daí então passei a usar uma tesoura de corte, uma furadeira, alicate, martelo e rebites.
   As formas tinham que ser um pouco mas largas e mais curtas, isso era galho fraco já que eu tinha um molde, mas para ter certeza que conseguiria agradá-la fiz de vários tamanhos, um teria que ser ideal para pães de milho e outro tipo teria que ser ideal para os pães de trigo.
   Numa dessas mede, corta, dobra, acabei exagerando um pouco, e a forma ficou muito grande. Era o que eu pensava, pois quando entreguei o presente, logo esse que eu pensava ser a ovelha negra foi a que mais a agradou.
   Agora resta colocá-las a prova e ver se realmente duram algumas gerações, até uma próxima postagem.

A esquerda a forma que ficou "muito grande"

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Solda e Ferro

    A algum tempo atrás, tenho estudado a possibilidade de usar ferragens velhas para a construção de algum tipo de escultura digamos assim. Para por isso em prática eu tinha em mente usar velhos batedores de trilhadeiras que estavam aqui em casa.
    No momento em que resolvi começar, confesso que não tinha nenhum protótipo em mente, iria começar e deixar a criatividade rolar, nessa ordem.
    O tronco é constituído de uma peça duma trilhadeira forrada por peneiras, que também formam o escudo e as orelhas. Já a cabeça é feita da carcaça de um compressor de geladeira. Minha intenção aqui é de plantar algum tipo de flor na cabeça do bonecão.
    Com um peso razoável, minha intensão é deixá-lo fixo num lugar, e mesmo que fique exposto a ferrugem, a grossura das peças de ferro e aço vão suportar um longo período de intempéries. 
    Então o que achou do meu trabalho? Para ser o primeiro desse tipo  acredito que estou indo bem, além de ter cumprido a meta número 1, a de reutilização de energia, já que todas as peças iriam para o descarte, isso estimulou minha criatividade e me sinto feliz por isso. Deixe sua opinião, segue abaixo as fotos.

domingo, 17 de junho de 2012

Cadeira de pneus

   Hoje venho  apresentar mais um trabalho que fiz recentemente, e que pessoalmente tenho muito orgulho: cadeira de pneus.
   Não foi a primeira cadeira que fiz, é na verdade a terceira, porém é bastante sofisticada se compara com a primeira que foi um protótipo com suas principais características sendo o pouco conforto, maleabilidade excessiva do encosto, tiras largas e grossas, baixa demais, e apertando as pernas na frente sendo estreita demais. O protótipo digamos assim, foi na verdade muito complicado para eu conseguir montar, cortar as parte, medir, porém agora observando-o percebo que é bastante fácil criar um modelo tridimensional mental dele e partindo desse modelo criar outros mais sofisticados, com outros acessórios, melhorar alguns pontos observando as faltas cometidas no modelo base.
    A base que apoia o pneu de assento  é na verdade o talão de um pneu aro 16 que foi dividido e quatro partes. Estão unidos nas pontas por arame galvanizado. O pneu que está sob a base é um pneu radial aro 13, aqueles que a maioria dos carros utilizam.
   Em cima do assento é possível observar que existe a parte externa de outro pneu, onde está escrito "Maggion", sendo parte de um pneu aro 13 comum, utilizado em sua originalidade em carros antigos, como fuscas por exemplo.
   Mas  você pode estar se perguntando, por que colocar essa parte por cima? A resposta é porque debaixo dessa parte existe os nós de arame feitos para prender as tiras sendo que essa peça funciona como uma proteção, evitando que o indivíduo acabe se machucando.
   Agora  os encostos para os braços são feitos de pneus de motocicleta, onde o talão com o arame foi cortado, tendo além da função de servir de apoio para os braços segurar o encosto. Aí que que surgiu um problema, estas peças são maleáveis, bem confortáveis, porém exageradamente sua flexibilidade  faz com que o encosto tenha um grande movimento para frente e para trás. Na época não vi nenhuma alternativa, sendo que inclinar um pouco o encosto para frente foi a opção adotada. Outro problema observado depois de ter terminado foi que eu na época fiz o protótipo sob medida, usando minha anatomia como base, sendo que pessoas com pernas mais grossas, não conseguiam sentar perfeitamente. Até mesmo eu hoje não consigo me ajeitar muito bem pois as pernas são apertadas um pouco acima dos joelhos. Veja na foto abaixo a parte da frente, como é estreita. Esta é uma questão que deveria ser sanada caso eu fosse confeccionar outras futuras cadeiras.
    Já o encosto foi feito com a parte lateral de um pneu aro 16 e inserido um pneu aro 8, de carrinho-de-mão mesmo. Não ficou muito atraente, porém na época foi o que eu consegui fazer.
   Pronto, minha primeira cadeira estava feita, quanta felicidade, mal acreditava que tinha feito uma cadeira totalmente com o uso de pneus e arame, sem ter me baseado em nenhum modelo existente, mesmo porque na época aquilo era apenas uma tentativa.
   Logo depois de ter feito a cadeira, apareceu um cliente que encomendou uma, porém nesta eu corrigi os erros constatados no protótipo, como alargar na frente, aumento na altura, tiras mais finas e estreitas e em maior quantidade, em fim, coisas como usar de assento em vez de um pneu aro 13 usei um aro 15 de grande altura. Ficou ao meu ver muito melhor que o modelo base, mesmo sendo feita de forma simples.
   Acredito que já faça por volta de um ano que eu fiz esse modelo, e tomei a decisão de que queria fazer outro, algo mais sofisticado, mais confortável, talvez até inovador, com apoio para os pés por exemplo.
   A primeira coisa que fiz é óbvia: arranjar a  matéria-prima, os pneus necessários. Após um longo período estocando pneus, até mesmo porque eu ainda não havia conseguido fazer o modelo 3D mental da cadeira que deveria ser o high end, usando toda minha capacidade possível de confeccionar, de cortar, furar, unir peças, em fim, deveria ser uma obra prima, não medindo tempo, paciência, trabalho nem custos.
   Reuni todos os recurso que eu possuía, e comecei fazer tudo por partes. Cortei tiras finas e estreitas, uma enorme quantidade, separava pneus que poderiam ser possivelmente usados no projeto, fazia isso, até que eu conseguisse criar um modelo ideal, sem ter noção se iria usar tantas tiras ou não, por exemplo. Depois tive que fazer mais tiras quando comecei efetivamente.
   Usei como suporte/apoio o talão de aro 16, depois coloquei um pneu aro 18 sobre, e neste coloquei as tiras finas e estreitas. Para tampar as pontas das tiras e dos arames, uma verdadeira mina, coloquei o talão de um pneu aro 18 de motocicleta, como é possível observar na foto abaixo.

    Isso já dava um enorme peso somente as parte de apoio e assento. Como faria para sustentar tudo aquilo que ficaria ainda mais pesado, e teria que suportar mais o peso do indivíduo? A opção pelo qual optei foi a de colocar pneus de motocicleta do lado direito e do lado esquerdo, que além da função já citada iriam impedir que a cadeira caísse para frente ou para trás.                                      
   Para dar um luxo maior ainda, resolvi usar dois pneus de moto em cada lado e entre cada par colocar mais um quadriculado de tiras, para depois unir os dois pneus com parafuso 1/4 e vários pontos.
    Feito isso, o que foi bastante trabalhoso, uni os dois pares ao casco digamos assim, sendo unidos aos apoios e ao assento, com o uso de parafusos 1/4.

Nas fotos é possível visualizar o uso de vários parafusos além de algumas tranças feitas com quatro tiras de borracha, que vão de um apoiador ao outro, sendo que estão trançadas na verdade sobre astes de ferro 1/4 com rosca em suas extremidades sendo então parafusadas, onde coloquei primeiro uma porca depois uma arruela, e colocada na borracha a ser fixada, sendo colocado do outro lado outra arruela mais uma porca, evitando um movimento em ambos os sentidos. antes de fazer a trança de borracha eu pintei todas as peças metálicas com tinta esmalte branca para evitar o enferrujamento.






   Feito isso chegou a hora de fazer o encosto. Nele coloquei outra vez vária tiras finas e estreitas, de forma parecida como fiz com o assento, porém usei um pneu largo de motocicleta para as tiras serem fixadas, e outra vez usei o talão de um pneu para esconder as extremidades das tiras. Atrás coloquei outro talão só que em vez de colocar por fora coloquei por dentro, para dar um profundidade, e esconder os nós de arame que literalmente são abundantes, além de proteger os desavisados de ferimentos em consequência dos nós. 
    Criei ainda com o uso de vários pedaços de talões em forma de piramide, sendo os mais próximos do assento maiores e os mais próximos do encosto menores. sendo fixados entre si com vários parafusos 1/4. Utilizei isso para elevar o encosto de forma que ele esteja um pouco abaixo da cabeça, dando um enorme conforto para a coluna.
   Assim eu havia terminado a cadeira mais sofisticada e confortável por mim feita, sendo que tenho que fazer algumas considerações:
1º Altamente resistente a ferrugem;
2º Altamente resistente a carga, creio eu que um
indivíduo de 150 Kg seja tranquilamente suportado.
3º Altamente confortável, devido ao uso de muitas tiras finas e estreitas;
4º Modelo em forma de trono, uma expressão artística minha;
5º Enorme uso de pneu, sendo usados por volta de 25 pneus, dando grande peso à cadeira;
6º Observei o ângulo de inclinação de uma cadeira normal, onde o assento está levemente inclinado para trás, e o encosto também, dando mais conforto.
7º Gastei por volta de 100 horas para confecciona-la, desde a simples visualização mental do modelo 3D até a furagem, medição, união e pintura da cadeira.
8º Bastante volumosa, não sendo recomendada para lugares pequenos, ou que precisem de mobilidade, pelo seu peso.

  E para finalizar uma foto com o criador.